A Lira dos Vinte Anos é antes de tudo uma obra autobiográfica, uma vez que seu autor, Álvares de Azevedo retrata de forma poética suas principais características e alguns acontecimentos de sua curta vida.
Na primeira parte, designada Ariel, Álvares mostra seu lado angelical, fraternal, parece estar apaixonado por uma mulher que o rejeita, e faz questão de demonstrar seu sofrimento com isto, cutua bastante o amor à família, ao campo. Outros fatos importantes são o medo da morte (devido à sua Tuberculose) e a forte religiosidade.
Já na segunda parte, nomeada Caliban, ele mostra seu lado negro, obscuro, diabólico, muito influenciado pelo Lord Byron, faz culto à morte e é extremamente irônico. Tem uma nova visão das mulheres, como se fossem objetos e abusa da sexualidade.
A terceira parte, é importante citar como sendo intermediária da primeira e da segunda, porém um pouco mais próxima do Ariel. E por causa da sua morte precipitada não teve uma nomeação adequada.
A obra é um marco não só do Romantismo, mas da Literatura mundial, pois é mais uma demonstração do Escapismo, a possibilidade que temos de fugir do mundo real e se refugiar nas palavras.
OBS: Ai segue um trecho declamado do poema "Por que mentias?'' da terceira parte da Lira feito por uma novela...
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